Qualquer um serve?!

Tanta luta por democracia ao longo dos anos, Diretas Já 1984, Impeachment de Collor 1992, Impeachment Dilma 2016, movimentos que mobilizaram milhões de pessoas ao redor do país pela luta contra a corrupção e a favor da democracia e cidadania. Especialmente, ou não, o ano de 2016 foi marcado por um cenário de tensões no âmbito político, jurídico e econômico. Este cenário pode ser considerado o liame para uma nova postura política em nosso país. Será que as ações recentemente acontecidas em nosso país como a operação Lava Jato e o processo de impeachment da Ex presidente Dilma Rousseff, influenciarão a postura de nossos políticos? E a escolha dos cidadãos?

Não é segredo que alguns gestores públicos brasileiros t impunidade, principalmente quando nos referimos ao interior dos Estados da federação, basta sintonizar nos noticiários para receber diariamente notícias de casos de corrupção que na maioria leem em si o sentimento de das vezes podem ser classificados como ridículos, nos levando muitas vezes a pensar: “o que esta pessoa tem na cabeça para fazer uma coisa dessas? Sem noção!”, são casos esdrúxulos que muitas vezes beirão o limite da insanidade: roubo, desvio, apropriação, lavagem de recursos públicos, milhões, bilhões… do nosso dinheiro!

Continuando nossa análise do cenário político atual. Já que falamos dos bilhões desviados do nosso país, lanço a seguinte indagação: Por que grande maioria dos eleitores mesmo tendo conhecimento de fatos como estes, continuam escolhendo os mesmos candidatos ano após ano? Você caro leitor, já parou para pensar que uma das áreas de onde mais é desviado é a principal para a mudança dessa postura dos eleitores? Sim, a educação! Para ilustrar, trago o título de uma matéria do jornal O Globo: “O Ministério da Educação (MEC) constatou que 21 estados deixaram de aplicar R$ 1,2 bilhão em ensino básico”. Será que é de propósito? Costumo ter discussões frequentes com colegas sobre o tema e é unânime a ideia que o investimento em educação e na base social familiar é a saída mais clara para essa situação insustentável que a política brasileira se encontra. Para a corrupção quanto mais ignorante o cidadão melhor, mais fácil de vestir o “cabresto”. Educação e informação são as saídas.

E quando falamos nos gestores públicos, à margem da “sanidade”, qual a solução?! Bem… melhor pensarmos em como formar nossos futuros gestores! Muitas vezes o “jeitinho brasileiro” está presente em situações do nosso dia a dia, mas a boa ética é construída em berço. Já aos tais senhores atuantes que têm culpa no cartório cabe o medo, como já dizia minha mãe: “Se não aprender pelo amor, vai aprender pela dor”.

Por fim deixo mais uma reflexão quanto ao tema. Hoje o perfil do político que se sobressai é daqueles que possuem apenas ensino médio completo, sendo os que tem ensino superior completo apenas 21,1% segundo o portal de informações g1.com. Podemos perceber que dentro deste grupo, o profissional administrador não é maioria, mas não podemos tirar o mérito de outras graduações. Porém caro leitor, quando falamos em gestão pública devemos atentar que quem administra com eficiência e eficácia é o administrador, a profissionalização da administração é uma estratégia que garante comprovadamente resultados em grandes sistemas. Pois bem, vamos fazer uma breve analogia, um advogado e um administrador, com conhecimento percepcionado podem até tentar fazer o trabalho do outro, porém nunca sairá como se cada um estivesse em seu devido lugar! Assim acontece na política, onde quem contrata é o eleitor e cabe a ele analisar quem é mais capacitado para tal função.

Referência:

Weber, Demétrio. http://oglobo.globo.com/politica/dinheiro-da-educacao-desviado-mec-diz-que-estados-deixaram-de-repassar-12-bilhao-para-3011493, 09/05/2010 0:00 / Atualizado 01/11/2011 15:52