Fala Gestor - 30/05/16 - Diana Gaspar - Líder e líder coaching


Em entrevista para o Fala Gestor do mês de maio (segunda quinzena) a Professional Coach Certification pela SLAC e pela IAC fala sobre o líder e o líder coach


Diana Gaspar é Bacharel em Matemática, pela UFMA - Universidade Federal do Maranhão; Pós Graduada em Gestão de Negócios, pela UEMA - Universidade Estadual do Maranhão; Pós Graduada em Gestão de Pessoas em Ambiente de Mudanças, pela Faculdade São Luís; PCC - Professional Coach Certification, pela SLAC (Sociedade Latino Americana de Coaching) e IAC (The International Association of Coaching); PDC - Professional DISC Certification, pela SLAC (Sociedade Latino Americana de Coaching) e a HRTools (Soluções para Recursos Humanos); Líder Coach; pela Caixa Econômica Federal; Practitioner Intensivo Basic Skills, pelo Master Solution Institute; Mais de 26 anos como empregada concursada da Caixa Econômica Federal; Mais de 16 anos ocupando funções gerenciais, atuando em Gestão de Resultados, Gestão de Processos e Gestão de Pessoas; Mais de 8 anos de experiência em Instrutoria CAIXA, com atuação em Treinamentos relacionados ao Desenvolvimento de Competências Técnicas e Comportamentais; Coach de Vida e de Carreira; Analista Comportamental DISC; Gerente Geral na Caixa Econômica Federal Practitioner em PNL (Programação Neurolinguística)

 

NEP/MA - O que efetivamente diferencia um Líder de um Líder Coach?

Diana Gaspar - O Líder Coach, utilizando-se de ferramentas de Coaching, consegue desenvolver em sua equipe mais que competências técnicas e comportamentais, pois ele objetiva o desenvolvimento das pessoas, o que abrange diversas dimensões como realização pessoal, espiritualidade, relacionamento familiar, pessoal e amoroso, lazer e diversão, etc.

 

NEP/MA - E o que muda em relação ao resultado?

Diana Gaspar - Quando as pessoas sentem-se entendidas e acolhidas e são estimuladas ao autoconhecimento, descobrem que possuem em si todos os recursos de que precisam para buscar o atingimento do que significa a palavra sucesso, em seu conceito próprio. Não há produtividade sustentável sem observância e o cuidado referente às diversas dimensões, conforme citado na resposta à primeira pergunta. Uma pessoa que não cuida de sua saúde mental, física e espiritual, em algum momento terá esse reflexo negativo em seu trabalho, por melhor profissional que seja.

 

NEP/MA - Como foco, produtividade, flexibilidade, inovação, criatividade e relacionamento pessoal, por exemplo, são estimulados/desenvolvidos?

Diana Gaspar - As técnicas e ferramentas do Coaching provocam autoconhecimento, como já falamos, bem como despertam o aproveitamento dos recursos já instalados. Tais recursos foram utilizados em situações de sucesso pelo indivíduo e, sendo assim, o que o impediria de acessar esses recursos e alcançar novos objetivos? Podemos desenvolver soluções para nossas fraquezas a partir da utilização de nossas forças e, consequentemente, fica mais fácil enfrentar as ameaças e aproveitar as oportunidades.

No processo de Coaching, o coachee (cliente) elabora planos de ação efetivamente pragmáticos. Como a elaboração é sua, o comprometimento com a realização aflora. Pra se ter ideia desse pragmatismo, as ações não têm apenas dia para acontecer; tem hora marcada. Treina-se e desenvolve-se a disciplina, bem como combate-se a procrastinação.

 

NEP/MA - Você falou que o Líder Coach proporciona a retenção de Recursos Humanos Estratégicos para as instituições. Como isso se dá?

Diana Gaspar - Sabemos que a principal causa das solicitações de mudança de departamento e também de emprego deve-se ao relacionamento com o chefe. Senão, vejamos: "Entre os resultados principais da pesquisa, os destaques apontados são dois: 50% dos colaboradores, ou empregados, afirmam que pediriam demissão por causa do gestor ou chefe. Do outro lado, 75% das empresas afirma que o maior desafio delas é a construção do talento de liderança." (http://www.ebc.com.br/cidadania/2015/09/chefes-estao-entre-os-principais-motivos-de-pedidos-de-demissao-aponta-pesquisa). Diante do que já falamos sobre o Líder Coach, acreditamos que fica fácil entender o vínculo de confiança estabelecido nas relações, bem como a intensificação do relacionamento interpessoal e as construções conjuntas.

 

NEP/MA - Na Gestão Pública nos deparamos com servidores advindos de diversas culturas, nivelados por conhecimentos técnicos, buscando, muitas vezes, apenas um emprego seguro. Como conseguir produtividade diante desse quadro tão heterogêneo?

Diana Gaspar - Em primeiro lugar, é necessário ter consciência disso e dos diversos modelos mentais que os acompanham. É por essa heterogeneidade que trabalhar apenas a equipe como um todo não é suficiente. É preciso despertar no servidor a importância do seu papel diante de toda uma sociedade, inclusive. Há pessoas com bagagens diversas e, assim como se desestimula um profissional com atividades aquém de suas competências, também se estressa aquele de quem se exige o que não tem pra dar. Há de se conhecer individualmente as pessoas para o melhor aproveitamento de suas competências, bem como sua satisfação.

 

NEP/MA - Você falou em desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional. E quando esse profissional não tem a ver com a organização?

Diana Gaspar - A princípio, há de se verificar se, de fato, há um descasamento. Muitas vezes, um até impulsiona o outro, pois muitos dos conhecimentos buscados fora da organização ajudam no desenvolvimento profissional dentro dela e vice-versa. Antes de tirar conclusões precipitadas, aproxime-se do colega, demonstre interesse verdadeiro pelo ser humano, proponha-se a escutá-lo e conhecer o seu modelo mental sem julgamentos e cheguem, juntos, à melhor solução.

 

NEP/MA - E o que é Modelo Mental que você acabou de mencionar?

Diana Gaspar - Poderíamos dizer que o Modelo Mental é a forma como o mundo real entra e se fixa em nossa mente. Como, simbolicamente, cada um de nós percebe, enxerga, chega a conclusões diferentes e reage às situações. Passa por nossos filtros, nossos valores e nossas crenças. Não há modelos certos ou errados, porém, muitas pessoas se apegam a seus modelos mentais como se fossem verdades absolutas, o que dificulta o relacionamento entre elas.

 

NEP/MA - Sua mensagem final foi uma citação do Anthony Robbins, que diz: "A única coisa que nos impede de conseguir o que queremos é a história que contamos para nós mesmos sobre por que não iremos conseguir.” O que isso tem a ver com o tema da sua palestra?

Diana Gaspar - Em PNL - Programação Neurolinguística, aprendemos que corpo, mente e emoção estão em completa conexão. E que devemos ter muito cuidado com as histórias contadas por nossa mente, pois nos provocam emoções nem sempre positivas e travam nossas ações. No caso do Líder Coach na Gestão Pública, tem a ver com nossas crenças sobre a suficiência de tempo para que nos dediquemos não apenas ao desenvolvimento organizacional dos membros de nossa equipe, mas, também, ao desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos. Se achamos que é bobagem tudo isso e que o alcance de resultados não passa por aí, assim será. Se acreditamos que não tem jeito para determinados colegas já rotulados de "problemáticos", nada faremos para mudar essa situação. Mas se acreditamos que isso faz parte de nosso papel, que teremos benefícios com tudo isso, que resultados sustentáveis dependem de como as pessoas se sentem diante de suas responsabilidades e reagem às mesmas, dará certo!

 

NEP/MA - Teoria é uma coisa e prática é, muitas vezes, outra coisa. O que lhe leva a falar de Líder Coach de uma forma tão positiva?

Diana Gaspar - É justamente a aliança entre teoria e prática. Exerço gestão em empresa pública há mais de 16 anos e já lidei com equipes absolutamente diversas em tamanho e em comportamento. Venho procurando me aprimorar no processo de liderança e o exercício efetivo das ferramentas de Coaching provocou total diferença. Compromisso, busca de novas formas de fazer, flexibilidade, foco e entrega de resultados são apenas alguns dos benefícios facilmente identificados.

 

NEP/MA - Uma última orientação?

Diana Gaspar - Para trabalhar a gestão de pessoas é preciso que eu trabalhe, primeiro a autogestão. Para desenvolver relacionamento interpessoal é imprescindível o relacionamento intrapessoal. Para tentar entender e conhecer o outro, o autoconhecimento é base. Enfim, olhe pra você e reflita. Veja o que precisa buscar e os muitos recursos que você já possui. Trabalhe seu modelo mental. Busque e exercite. Tenha humildade suficiente para entender que sempre temos muito a aprender com cada um à nossa volta. E tenha autoestima para se sentir capaz!

 

[Coordenação de comunicação do Gespública-Ma]


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